7 de junho de 2025

Artista mineiro João Jardel apresenta seu primeiro álbum cheio, uma ode ao ANTI-POP!

Créditos :João HxCx

Com 12 faixas, o trabalho apresenta uma gama de influências nacionais e gringas, desconstruindo um universo pop que cerca a música mais experimental.

João Jardel é um produtor, experimentador, cantor e compositor de Itabira, interior de Minas Gerais. Filho e neto de Joãos, ele vem explorando suas fronteiras musicais e lançando sons solos desde 2020. Depois de alguns singles, registros ao vivos e bons EPs explorando sonoridades ligadas à diáspora sonora brasileira, mundial e regional, mas sempre misturando elementos sonoros mais pesados, ele finalmente apresenta seu primeiro álbum cheio.

ANTI-POP  é um trabalho com 12 faixas construídas em parceria com R.Honório, entre 2021 e 2024. Um trabalho concebido na procura por uma sonoridade que mesclasse elementos afro diaspóricos ao pós-punk, à música industrial e ao spoken word, numa tentativa de causar um desconforto aos nossos ouvidos acostumados com a música pop tão massificada. “Eu quis transformar em sonoridade as dificuldades pós-pandêmicas que sentia, relativas a socialização, grana e autoaceitação”, comenta João.

O trabalho abre com “O Pretocore”, no qual já entendemos um pouco da mistura da música pop brasileira com experimentação proposta de antagonismo do álbum e de seu nome. Em “O Cínico” temos uma música de video game, que fala sobre o discurso presente na classe artística brasileira. “Fala principalmente da minha relação contraditória com a tecnologia”, complementa o artista. Em “O Excesso” temos uma autocrítica terapêutica na letra e o instrumental mais industrial do álbum, quase inocente, mas nem tanto. “O Cronista” mantém a inocência, mas agora ao tratar com política de forma direta na letra, abraçando referências bem brasileiras no instrumental. Em “O Corpo”, o artista lida com o processo de aceitação de nós mesmos e do uso de medicamentos que nos limitam e são cada vez mais comuns na sociedade. “O Antipop”, faixa que dá nome ao trabalho, vem no meio dele por ser uma mescla de todas as faixas, seja nos temas da letras ou no instrumental.

Em “O Agogô”, João Jardel apresenta sua faixa mais swingada, uma ode ao período que o artista viveu em Belo Horizonte, sobrevivendo ao capitalismo como podia. “O Catalisador” mantém um pouco da batida da faixa anterior, mas num sentido completamente diferente. “O Corte” versa sobre pensamentos que vêm após situações da vida de um preto no mundo que vivemos, num spoken word soturno. Em “O Medo”, o artista versa sobre a culpa, que várias pessoas sentem e nem sempre são delas. Já “O Spoiler” é quase um interlúdio, ao mesmo tempo que resume o álbum para ouvidos atentos. E ao fim, “O Amor”, uma faixa nem um pouco romântica ou talvez romântica demais.


“ANTI-POP é um disco sobre lidar com depressão, medicação, excessos e como isso afetou a escrita do álbum como um todo”, comenta João Jardel. “Eu brinco que a realidade me assusta mais do que qualquer filme de terror”, complementa. O trabalho lançado pelo selo Diáspora é para ouvidos atentos, mas também serve como contraponto à estrutura pop que rodeia a música brasileira e mundial na atualidade. Um grito necessário, com o qual o artista espera acordar outras cabeças.

Ouça ANTIPOP no seu streaming preferido clicando aqui!

Ficha Técnica:

Gravado e produzido por João Jardel e Rodrigo Honório em suas respectivas casas entre novembro de 2021 e abril de 2023.

Mixagem e Masterização: KevemKS.Artes e partes visuais: Andrea Blanco e Roberto Chaves.

Capa: Andrea Blanco

Acompanhe João Jardel: Bandcamp | Youtube | Instagram | Facebook

Fonte : Hominis Dissemina – Hominis Canidae


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