21 de novembro de 2024

Da tristeza à Fúria, uma viagem pelas emoções humanas no novo álbum do artista pernambucano Alexandre María.

Foto por Danilo Galindo

Primeiro full do cantor e compositor chega após um longo processo que começou antes da pandemia e revela anseios de toda uma geração.

Alexandre María é um cantor, compositor e guitarrista de Recife, que trabalha a partir de sonoridades alternativas do Norte ao Sul global,misturando noise das guitarras distorcidas e o lirismo, reflexão e tradição de sons genuinamente brasileiros e nordestinos. Entre os trabalhos lançados, estão o EP “22 graus” (2018), o single  “Problema Infinito” (2019). Após o impacto inicial da pandemia de covid-19, retorna com uma nova formação em 2022, divulgando o clipe do primeiro single de seu novo disco, a canção “Digital” (2022), com vídeo produzido pela Feiosa Produções.

Agora, finalmente lança seu primeiro álbum cheio, “Da tristeza à fúria”, um trabalho 100% autoral, que mistura todas as influências do artista e também explora as suas experiências tendo tocado em eventos e trabalhos com variados artistas da cena brasileira, como DJ Dolores, Aldan (MG), Jonatas Onofre, Bike (SP) e Cosmogrão. “Eu acredito que o disco é o registro de um período onde eu estava compondo e tocando muito ao vivo, podendo experimentar ideias e me compreender enquanto artista. É uma amostra do espírito punk pelo qual eu guio minha vida, com detalhes imperfeitos e uma produção meio ríspida que eu resolvi acolher”, comenta o artista.”O título vem de uma frase do livro “Da vida nervosa (das classes trabalhadoras urbanas)”, um livro de antropologia da saúde que elenca esses distantes pólos da vida, e a idéia de transitar “da tristeza à fúria” fazia todo o sentido para as canções do disco”, complementa.

Ao longo das 12 faixas, Alexandre María versa sobre livros, como em “Sem Medo”, faixa feita na época que eu estava lendo um livro de antropologia chamado “Vita”, de João Biehl. “fala sobre uma mulher que perde muito da autonomia física e mental, mas possui uma história e tenta estabelecer pela linguagem uma nova forma de relacionar com sua vida”, explica. O álbum apresenta faixas gravadas durante a pandemia, canções românticas e também sobre política, como a bonus track “Nostalgia”, que versa sobre o ataque a Brasília no dia 8 de Janeiro e tem um certo ar demo por ter sido gravada mais lo-fi. Tudo isso reverberando sonoridades de artistas que vão de Nick Cave ao CAN, passando por Husker Du, Sonic Youth, passando por Vitor Brauer, Siba e até ritmos populares em Recife como o brega.

É um disco para quem gosta de guitarra elétrica, noise e solos longos, uma viagem que literalmente intercala a tristeza e a fúria das emoções mais que humanas, que busca trazer para a humanidade a paciência das paisagens, o luto entre os animais e o potencial da poesia escrita em um grão de areia. É nessa viagem psicodélica entre o céu e o inferno que espero aproximar as ambiguidades, contradições e prazeres que sentimos ao longo da vida”, revela o artista.

Alexandre María celebra os trabalhos e gravações realizadas com Bernardo Guimarães no Estúdio Galho Seco e a expressiva arte de capa feita pela recifense Xinga Xow para o álbum,finalmente lançando seu aguardado primeiro disco de estúdio completo, “Da tristeza à fúria” (2024).

Ficha técnica:

Produção musical: Alexandre María 

Guitarras, sintetizador e voz: Alexandre María

Baixo: Aquiles Albino 

Bateria: Francisco Nairon 

Gravação, Mixagem e Masterização: Bernardo Guimarães no Estúdio Galho Seco. 

Co-produção: Glória Ruz

Arte da capa: Xinga Xow

Disseminação: Hominis Canidae

Distribuição: tratore


OUÇA NO SEU STREAMING PREFERIDO CLICANDO AQUI 

Acompanhe Alexandre María: https://www.instagram.com/alexandremaria94/

Fonte: Hominis Dissemina | Hominis Canidae

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